sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

VIDA


Alguém sabe dizer onde encontro a Vida?

Não, não falo da vida contrário da morte.
Nem a vida que é sinônimo de sorte.

Falo da vida como fonte da existência.
Onde se acha a fina flor da essência.

Procurei no material e não a encontrei.
Em marte, só frio e até congelei.

Procurei na Escola, no trabalho, no lazer.
Engano, em tudo só momento de prazer.

A vida estava, entendi, no “servir”.
Explicando assim, a razão de existir.


Autor: George Brandão de Lima
João Pessoa, janeiro de 2003.

NATUREZA SUBJUGADA


Natureza viva subjugada ao homem,
Como sofres quando olhas o ontem.
Que de mais límpida e por desbravar,
Deste a Ele a oportunidade do olhar.

Homem subjugado às leis da Natureza,
Quiçá esta frase fosse uma real certeza.
Ouviríamos mais os sons da Harmonia,
E por acréscimo nunca teríamos agonia.

Natureza morta pela idéia do dominar,
Amordaçada pela idéia do conquistar,
O verbo bem que podia ser harmonizar,
Adequar, acautelar, aprimorar, afagar.

Autor: George Brandão de Lima
João Pessoa-Pb, março de 2005.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

VALPARAÍSO

Oásis de beleza translúcida de desejo
Acalanto da alma num forte lampejo
Fortaleza sublime de ternura singular
Vendaval de meiguice vista pra amar


Quem olha logo ver um gracejo
O coração fica em um só latejo
O pensamento parece abarrotar
Ansioso, fica a ponto de alçar

Que seria de mim sem o teu sacolejo
Acho até que a vida não teria manejo
Decerto que acharia a forma de jorrar
O amor que tenho pra um dia semear

Eis que um dia do nada eu vejo
A imagem nítida de quem vicejo
Estava com o rosto a expressar
A forma mais linda de enamorar

Em tua face de alegria, um lacrimejo
A real dimensão do amor em despejo
O sorriso chamava os olhos pra brilhar
O sentimento de paz lhe fazia delirar

A vida nos uniu num só desejo
Só agora acredito no que vejo
O puro amor que veio nos dar
O brilho pra nossa vida edificar

Hoje somos uma só vida, um só desejo
Uma vida comum vinda num lampejo
A mais pura regência de sons a gotejar
Infinitos desejos de seguir além-mar
.
.
.
Autor: George Brandão de Lima
João Pessoa-Pb, março de 2004.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

SER



Se o seu Ser amanhecer
E por ser Ser reconhecer
Que pra ser Ser precisa ter
O renascer de uma grande Ser,
Serás na vida um grande Ser
E irá seu Ser permanecer
Na alma alegre do meu Ser.

George Brandão de Lima
Arapiraca-Al, fevereiro de 2000

sábado, 17 de fevereiro de 2007

LUZ MATINAL


Luz matinal que em minha face bilha,
Faz de mim um sábio pra entender a intimidade das coisas.

Preciso saber o que reina por trás da obscuridade do ser:
Seus desejos, suas conveniências, seus pensamentos, suas dúvidas.

É preciso ser sábio, não basta ser inteligente.
A complexidade do ser é tamanha que é capaz de achar:
O óbvio como apenas uma mera hipótese,
O definitivo como apenas temporário;
O freqüente como escasso.

O que dizer da mente humana,
Que troca a paz pela guerra;
O sólido agir pelo impulso;
A harmonia pela dissonância?

Luz matinal que em minha face brilha,
Faz do ser humano um incansável na contínua luta.

É preciso não se dar por vencido,
Quando o inimigo achar que é vencedor.
É preciso encontrar o mínimo de forças,
Quando a inércia toma conta do corpo.

A esperança precisa ser a bandeira;
A vontade de atingir objetivos, o mastro;
O punho forte de quem a carrega, a sabedoria.

Luz matinal, faz-me prudente para que fique claro:
O discernimento entre o excesso de vontade e o esnobismo;
Entre o “querer vencer” como objetivo singular de cada um
E o “ter que vencer” como uma ganância dos poderosos.

Para que eu saiba discernir :
O que é bom pro corpo e o que é para a alma.

Por fim, luz matinal, agradeço por seres luz.
Por trazeres a alegria de cada dia.
Afinal, quando ressarcido da energia do dormir,
És tu que nos acordas para novos desafios.


Autor: George Brandão de Lima
João Pessoa-Pb, março de 2005.

AS 4 PRIMEIRAS OU AS 4 ÚLTIMAS?

Quando pensamos que do tudo resta o nada...
Quando pensamos que do nada, nada temos...
Quando pensamos que do que se foi nada retorna ...

Quando retornamos sem encontrar nada...
.
Primeiro é porque não somos, estamos.
Segundo é porque ao invés de suarmos,
apenas vestimos a camisa.
Terceiro é porque vemos as oportunidades,
mas não enxergamos as mesmas.
Quarto é porque não queremos quebrar paradigmas.


AS QUATRO PRIMEIRAS LINHAS SÃO DOS PESSIMISTAS.
AS QUATRO ÚLTIMAS, DOS QUE ADMITEM VERDADES.

Poesia inédita do Autor George Brandão de Lima
João Pessoa(PB), 16 de fevereiro de 2007